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GÊNESIS DA LITERATURA BRASILEIRA

Bem vindos à seção do nosso GT!

 

Somos estudantes do curso de Letras da Universidade Federal de Sergipe, campus de Itabaiana, e apresentamos aqui o resultado de nossas produções como colaboradores do projeto "O uso do blog como ferramenta à produção e divulgação de conteúdos literários".

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GRUPO DE TRABALHO

NOSSAS PRODUÇÕES

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Abaixo, disponibilizamos links para os nossos vídeos, divididos em duas partes:  na primeira, encontram-se videoaulas  sobre a vida do missionário calvinista Jean de Léry e seu testemunho sobre a missão francesa que se estabeleceu no Brasil, na baía da Guanabara, nos primórdios da ação colonial portuguesa. Na segunda, disponibilizamos os links dos vídeos contendo uma leitura dramatizada de exemplares  da obra do poeta barroco baiano Gregório de Matos Guerra.

LITERATURA SOBRE O BRASIL COLONIAL: O TESTEMUNHO DE JEAN DE LÉRY

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Vídeo de abertura da nossa playlist sobre Jean de Léry e seu testemunho sobre a França Antártica, colônia francesa estabelecida na baía da Guanabara, em 1555, sob o comando do vice-almirante Nicolas Durand de Villegagnon.

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​Já ouviram falar de Nicolas Durand de Villegagnon, o fundador da colônia francesa estabelecida na baía da Guanabara, em 1555? Neste vídeo, apresentamos informações sobre a vida dessa figura histórica e sua investida colonial no Brasil.

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Neste vídeo, disponibilizamos informações relevantes sobre o missionário calvinista Jean de Léry e seu testemunho da missão francesa que se estabeleceu no Brasil, na baía da Guanabara, nos primórdios da ação colonial portuguesa.

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Neste vídeo, disponibilizamos informações relevantes sobre o testemunho do missionário calvinista Jean de Léry sobre a missão francesa que se estabeleceu no Brasil, na baía da Guanabara, nos primórdios da ação colonial portuguesa.

LEITURAS


COMPARTILHADAS



 

Abaixo, disponibilizamos links para os nossos vídeos contendo leituras dramatizadas de exemplares das principais vertentes  da obra do poeta barroco baiano Gregório de Matos Guerra.

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A Jesus Cristo Nosso Senhor

Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Antes, quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.

 

Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.

Se uma ovelha perdida já cobrada,
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:

Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.

Formosura de D.Ângela

Não vi em minha vida a formosura,
Ouvia
falar nela cada dia,
E ouvida me incitava, e me movia
A querer ver tão bela arquitetura.

Ontem a vi por minha desventura
Na cara, no bom ar, na galhardia
De uma Mulher que em Anjo se mentia,
De um Sol, que se trajava criatura.

Me matem (disse então vendo abrasar-me) 
Se esta a cousa não é, que encarecer-me.
Sabia o mundo, e tanto exagerar-me.

Olhos meus (disse então por defender-me)
Se a beleza hei de ver matar-me,
Antes, olhos, cegueis, do que eu perder-me.

O poeta descreve a Bahia

A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha
E podem governar o mundo inteiro.

Em cada porta um bem frequente olheiro,
Que a vida do vizinho e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça e ao terreiro.

Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia.

Estupendas usuras nos mercados,
Todos os que não furtam muito pobres:
E eis aqui a cidade da Bahia.

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Choro por um bem perdido

 

Porque não merecia o que lograva, 

Deixei como ignorante o bem que tinha,

Vim sem considerar aonde vinha,

Deixei sem atender o que deixava.

 

Suspiro agora em vão o que gozava,

Quando não me aproveita a pena minha,

Que quem errou sem ver o que convinha,

Ou entendia pouco, ou pouco amava.

Padeça agora e morra suspirando

O mal que passo, o bem que possuía; 

Pague no mal presente o bem passado.

Que quem podia e não quis viver gozando

Confesse que esta pena merecia,

E morra, quando menos confessado.

Triste Bahia

Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh se quisera Deus que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!

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