Machado de Assis: Prosa de Ficção Completa
Disponível para download

Contos de Machado de Assis
Aqui você encontra, para download, a coleção completa dos livros de contos de Machado de Assis, um clássico da língua portuguesa: Contos Fluminenses (1870), Histórias da meia-noite (1873), Papéis avulsos (1882), Histórias sem data (1884), Várias histórias (1896), Páginas recolhidas (1899) e Relíquias de Casa Velha (1906).
Fonte: http://machado.mec.gov.br/.

Romances de Machado de Assis
Reúnem-se aqui todos os romances do "Bruxo de Cosme Velho", disponíveis para download: Ressurreição (1872), A Mão e a Luva (1874), Helena (1876), Iaiá Garcia (1878), Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Casa Velha (1885), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908).
Fonte: http://machado.mec.gov.br/
Machado de Assis: Edições Atuais
De Acordo com a Nova Ortografia da Língua Portuguesa

Memórias Póstumas de Brás Cubas
Baixe aqui edição de 2018 dessa obra prima de Machado de Assis, um marco do Realismo brasileiro.
Fonte: http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/36759.

Dom Casmurro
Para downlod, esse inesquecível clássico do bom e velho Machado de Assis. Angustie-se e delicie-se com as memórias do melancólico Bentinho e seus amores pela intrigante e enigmática Capitu.
Fonte: http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/28739.
(Ilustração: retrato editado de "D. Francisca de Bragança", princesa de Joinville. O original foi pintado em 1884, por Franz Xavier Winterhalter. Fonte do arquivo original: http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/jm_moda.htm.)

Conto de Escola e Outras Histórias Curtas
Baixe e leia essa coletânea de contos do autor carioca, lançada pela Edições Câmara, em 2013.
Fonte do arquivo: http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/1927.
Romance antológico de Lima Barreto
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Triste fim de Policarpo Quaresma
Nesse clássico, publicado, originalmente, no folhetim do Jornal do Commercio, em 1911, e, em volume único, em 1915, o autor faz uma primorosa caricatura das elites política e intelectual dominantes nos primeiros anos da República brasileira, ridicularizando a burocracia, o clientelismo, a demagogia, a bajulação e outros males sociais. Nesse contexto, o Major Quaresma, uma espécie de D. Quixote nacional, visionário e patriota, encarna a utopia romântica e a luta pela restituição dos valores idealistas em voga no período imperial. O romance teve versão cinematográfica em 1998, em filme intitulado "Policarpo Quaresma, herói do Brasil", roteirizado por Alcione Araújo e dirigido por Paulo Thiago. Baixe e leia a edição de 2017 da Edições Câmara.
Fonte do arquivo:http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/33419
Um Clássico do Naturalismo Brasileiro
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O Cortiço
Baixe e leia a edição de 2018, da Edições Câmara, desse controverso "romance de tese" de Aloísio de Azevedo, publicado em 1890. Tomando como base o modelo de romance experimental proposto pelo francês Émile Zola, o autor transforma em matéria literária o processo de modernização econômica no Brasil do final do século XIX, construindo personagens e intrigas que tocam em questões complexas, como a escravidão e a perversão social, de modo a revelar, de forma contundente, os bastidores das lutas abolicionistas e as condições de vida precárias nos cortiços brasileiros.
Fonte do arquivo: http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/33419.
Um Típico Romance de Costumes
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Memórias de um Sargento de Milícias
Aqui, para download, uma edição atualizada do memorável romance de Manuel Antônio de Almeida, surgido, originalmente, em formato de folhetim, entre 1852 e 1853, no suplemento político-literário do Correio Mercantil, e publicado em livro, em dois volumes, entre 1854 e 1855. Nele, o autor, que assina a obra com o pseudônimo "Um Brasileiro", apresenta, em linguagem coloquial, uma crítica dos costumes morais populares na época joanina, trazendo à cena, tipos que se tornaram folclóricos, a exemplo do major Vidigal. Leia, reflita e divirta-se com as aventuras de Leonardo, protagonista do romance, considerado o primeiro anti-herói da literatura brasileira.
Fonte do arquivo: http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/37999.
(Ilustração: desenho de Bira Dantas, feito para a versão do romance em HQ, publicada pela Escala Educacional em 2006.)
Uma Autora Esquecida sob as Cinzas da História
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Úrsula e outras Obras
Baixe e leia as principais publicações da escritora maranhense Maria Firmina dos Reis, durante muito tempo, ignorada pelo meio editorial. Recentemente resgatadas e liberadas ao grande público, as obras, aqui disponibilizadas, encontram-se reunidas em livro lançado pela Edições Câmara em 2018. São elas o romance Úrsula (1859), que denuncia as condições degradantes do tráfico
de escravos da África para o Brasil; os contos Gupeva ( 1861-1862) e A Escrava ( 1887), respectivamente, uma narrativa indianista e um libelo contra a escravidão; e, por fim, a coletânea de poemas românticos Cantos à beira-mar (1871). Contemporaneamente, a autora é celebrada como dona de uma voz dissonante, que fala, combativamente e no feminino, sobre o estigma da escravidão, muitos anos antes de ganhar força, no Brasil, a causa abolicionista, que teve como expressão poética mais proeminente o baiano Castro Alves.
Prosa de Ficção de José de Alencar

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Na próxima seção, uma coletânea de obras representativas das vertentes romanescas presentes na produção do autor: a indianista, a urbana, a histórica e a regionalista.

Iracema
Datado de 1865, o romance é um ícone do indianismo e uma das mais conhecidas criações da nossa literatura. A obra traz a história de amor entre a índia Iracema e o aventureiro Martim, atribuindo-lhe a feição de lenda fundadora do caráter nacional. Nele, como é recorrente no nacionalismo romântico, o autor elege a natureza tropical, o passado pré-colonial e o processo de miscigenação envolvendo o índio e o colonizador português como elementos formadores do espírito do povo brasileiro. Aqui, disponível para download, publicação de 2017, da Edições Câmara.
Fonte do arquivo: http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/11854.
(Ilustração: "Iracema", óleo sobre tela de José Maria de Medeiros, 1881.)

O Guarani
A obra, publicada em 1857, é situada na primeira metade do século XVII e traz a narrativa do amor platônico do índio Peri pela fidalga Ceci, tendo, como pano de fundo, fatos históricos passados no tempo da colonização portuguesa. O romance se tornou um emblema do nacionalismo indianista e ganhou versão operística em 1870, pelo compositor brasileiro Carlos Gomes.
Fonte do arquivo: www.bibvirt futuro usp br.
(Ilustração: "Índio tupi do Brasil" (editada). A gravura original se encontra no frontispício do livro Explorations of the highlands of the Brazil, vol. 1. London: Tinsley Brothers, 1869. Fonte: br.pinterest.com/eamil291962/brasil-antigo-brazil-antique.)
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Lucíola
A obra, publicada em 1862, foi a primeira da série “perfis de mulher”, que inclui também os romances Diva, de 1864, e Senhora, de 1875. Os três são apresentados pela fictícia senhora G.M., autora ou hipotética editora das narrativas, que versam sobre heroínas românticas transformadas pelo poder do amor, sendo as histórias localizadas na cidade do Rio de Janeiro, na época do Segundo Reinado. Lucíola é narrado em primeira pessoa, sob a perspectiva da personagem Paulo, amante da protagonista, que relata, em cartas enviadas à G.M., os reveses de seu relacionamento com a famosa cortesã, ocorrido anos antes da escrita dos fatos narrados. A obra, que, como as demais da série, segue a fórmula do folhetim francês, mantém relações de correspondência com o consagrado A dama das camélias (1848), romance de Alexandre Dumas (filho), que se tornou grande sucesso de público em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil.
Fonte do arquivo: www.dominiopublico.com.br.
(Ilustração: retrato de Marie Duplessis (editado), de Édouard Viénot. Célebre cortesã francesa da época do romantismo, Marie Duplessis inspirou as heroínas do romance A Dama das Camélias e de La Traviata, versão operística de Verdi do folhetim francês. Fonte da cópia original:https://wikivisually.com/wiki/Marie_Duplessis)

Diva
O romance (1864) idealiza a educação sentimental de uma senhorita oitocentista brasileira, abundando em cenas da vida burguesa na capital do Brasil Império, com os seus salões e outros ambientes familiares, frequentados pelas moças casadouras dos altos círculos sociais da época. A protagonista, Emília Duarte, é uma dessas damas, e a narrativa enfoca o processo de transformação da menina rebelde em mulher, pelas vias do amor romântico. Baixe e leia edição de 2017 da Iba Mendes Livros Digitais.
Fonte do arquivo: www.projetolivrolivre.com.
(Ilustração: Damas em um salão de festas da alta sociedade americana. A gravura original se encontra no Frank Leslie's Ladies Magazine Catalogue, de 1870. Fonte do arquivo: http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/jm_moda.htm)

Senhora
Publicado em 1875, esse romance se destaca como uma obra da maturidade literária do autor. A narrativa relata o processo em que se dá a educação sentimental de Aurélia Camargo, dama emergente, inserida na alta sociedade do Segundo Império, e tem como temas principais o casamento como via de ascensão social e a vitória do amor desprendido sobre os interesses materialistas. Não obstante conformado à fórmula do folhetim romântico, à qual se adéqua a evolução do drama amoroso, vivenciado por Fernando Seixas e Aurélia, observa-se, em Senhora, uma reflexão realista da vida em diferentes estratos da sociedade, dos seus espaços de convivência e das engrenagens sociais da época.
(Ilustração: retrato editado de Maria Romana Bernardes da Rocha, a Marquesa do Itamarati. O quadro foi pintado na época do Segundo Reinado por François Claudius Compte-Calix. Fonte da cópia do original: http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/jm_moda.htm)

As Minas de Prata
Publicado, integralmente, em seis volumes, entre 1865 e 1866, esse romance evoca os primeiros tempos do Brasil colônia. Em As Minas de Prata, como também se vê em O Guarani e em Iracema, Alencar se vale dos recursos próprios do romance de aventuras, incorporando à narrativa elementos do mito de origem, dessa vez, para representar a demanda por metais preciosos no Brasil colônia, rebuscando, assim, o "Potosi" brasileiro ou o "Eldorado" tropical. Esse é o mote eleito por Alencar para inserir a nossa história colonial, na ordem dos ideais supranacionais em voga no período romântico. O romance histórico, modalidade em que se situa a obra, consolidou-se no começo do século XIX, estando a sua origem ligada ao desenvolvimento da historiografia como disciplina, e teve como um de seus mais proeminentes representantes, o escritor escocês Walter Scott, lido e muito apreciado por Alencar. O romance tem como fio condutor a procura do roteiro das minas de prata, supostamente, descobertas pelo aventureiro Robério Dias, episódio ao qual o autor faz referência em O Guarani. Aqui se encontra para download o romance completo em edição de 2014, publicada pela Iba Mendes.
Fonte do arquivo: www.projetolivrolivre.com.
(Ilustração: "Retirada do Cabo de São Roque", óleo sobre tela de Henrique Bernardelli, 1927).

O Sertanejo
Publicado em 1875, mesmo ano de lançamento do romance urbano Senhora, O Sertanejo se insere na vertente “sertanista”, contemporaneamente chamada regionalismo. Tal corrente ganhou força, no Brasil, no decênio de 1870, quando a crítica positivista, então em ascensão, já questionava a proeminência do índio como elemento formador do caráter nacional, e esgotava-se o mote indianista, glosado pelos nossos primeiros românticos para demarcar a origem e as particularidades históricas da nação brasileira. Surgido cerca de cinco anos após a publicação do primeiro romance sertanista de Alencar (O Gaúcho, 1870) e três anos depois de Inocência (1872), do Visconde de Taunay, a obra apresenta ao leitor citadino da época a vida rústica nos cariris cearenses. Ao contrário de Taunay, Alencar dota o sertanejo de feições positivas, apresentando o caboclo, fruto da miscigenação entre o colono português e o índio, como símbolo de força, coragem, senso de liberdade, perspicácia e pureza de caráter. Nesse romance, em que a seriedade é temperada com uma discreta dose de humor, o espírito trágico dá lugar ao drama, mantendo-se, em suspensão o destino de Arnaldo, o enigmático sertanejo, e do sacro e improvável amor que nasce entre ele e Flor, a virginal filha do poderoso capitão-mor.
Fonte do arquivo: www.ebooksbrasil.org.
(Ilustração: "A sertanejo", editada. A gravura original se encontra no livro Travels in Brazil, de Henry Koster, 1816, p. 87.)
UM MARCO DO REGIONALISMO ROMÂNTICO

Inocência
A obra é de autoria de Alfredo M. A. d’ Escragnolle Taunay, o Visconde de Taunay, que atuou, como engenheiro militar, no interior do Mato Grosso, na batalha conhecida como a “Retirada da Laguna” (1867), ocorrida na época da guerra do Paraguai. Essa campanha teria inspirado a verve regionalista do autor. O romance Inocência (1872) é tido como uma referência do sertanismo literário, que teve como principais representantes, além de Taunay e Alencar, Franklin Távora (O Cabeleira, 1876; O Matuto, 1878) e Bernardo Guimarães (O Ermitão de Muquém, 1858; O Garimpeiro, 1872), esse último considerado o precursor dessa vertente na literatura brasileira. Diferentemente do que se observa em Alencar, no romance de Taunay, o sertanejo representa a face do Brasil atrasado, onde a vida rústica se traduz nos costumes rígidos e grosseiros do homem rural comum, que, entra em conflito com a urbanidade do brasileiro educado na corte. Situado no sertão de Mato Grosso, em 1860, o enredo traz a história do amor trágico envolvendo o malsinado Cirino, um jovem provinciano de hábitos e aparência corteses, que se passa por médico, e Inocência, a doce e ingênua filha de um fazendeiro local, prometida em casamento ao rude Manecão, comerciante de gado, de caráter intransigente e hábitos violentos. O viés nacionalista se configura, não propriamente pela exaltação das particularidades do brasileiro refratário às influências estrangeiras, nem apenas pelo registro minucioso da rica diversidade da fauna e da flora ainda quase intocada do interior, mas, sobretudo, pelo esforço para integrar ao Brasil oficial os recantos mais longínquos do território nacional, pouco afetados pelas influências externas, com os seus costumes e seus modos de sociabilidade peculiares.
Baixe aqui publicação de 2019 da Iba Mendes.
Fonte do arquivo: www.projetolivrolivre.com.
(Ilustração: "La Cautiva", óleo sobre tela de Juan Manuel Blanes, de 1880.)
EXPOENTES DO REGIONALISMO
PRÉ-MODERNISTA

EUCLIDES DA CUNHA, SIMÕES LOPES NETO E MONTEIRO LOBATO
No âmbito da história literária brasileira, o termo Pré-Modernismo comporta dois sentidos distintos, sendo usado ora do ponto de vista cronológico, para nomear um momento imediatamente anterior ao Modernismo; ora do ponto de vista estético, referindo-se a um conjunto de obras que antecipam ou prenunciam as renovações temáticas e formais realizadas, programaticamente, pelos modernistas. No primeiro sentido, o termo reúne uma produção eclética, para evocar aqui a expressão empregada por Alceu Amoroso Lima, o primeiro a usá-lo para designar a literatura surgida no Brasil entre 1900 e 1920, que compreende obras simbolistas, naturalistas, realistas e parnasianas, bem como publicações que antecipariam a revolução estética dos anos seguintes. Incluem-se aí autores tão distintos quanto Amadeu Amaral, Coelho Neto, Hermes Fontes, Augusto dos Anjos, Graça Aranha, Lima Barreto, dentre outros. Já na segunda acepção, críticos, a exemplo de Alfredo Bosi, destacam, em especial, escritores de tendência realista, em cujas obras configura-se uma abordagem crítica da realidade nacional, dentre essas, aquelas que se situam na vertente regionalista. Na seção a seguir, disponibilizamos, para download, três exemplares do regionalismo pré-modernista, que permitem refletir sobre a diversidade estética característica desse período literário. São elas: Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha; Contos Gauchescos (1912), de Simões Lopes Neto; e Urupês (1918), de Monteiro Lobato.
Os Sertões
Espécie de ensaio literário ou reportagem romanceada, esse clássico de Euclides da Cunha, publicado em 1902, tem como assunto principal a Campanha de Canudos (1896-1897), em especial, o conflito sangrento ocorrido naquele povoado, envolvendo o místico sebastianista Antônio Conselheiro, fiel à monarquia, então, recentemente, extinta, e as forças militares republicanas.
Contos Gauchescos
Esse livro de contos (1912), de Simões Lopes Neto, tem como narrador o tropeiro e contador de “causos” Blau Nunes, que, com os seus oitenta e oito anos e “todos os dentes”, narra, em dialeto "gausca", histórias, por ele testemunhadas, a um homem letrado, espécie de alter ego do autor, de passagem pelos pampas gaúchos. Os casos rememorados pelo velho Blau reportam ao anedotário envolvendo tropeiros e estancieiros anônimos, tendo, como pano de fundo histórico, os conflitos sangrentos ocorridos na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, no século XIX, quais sejam: as guerras da Cisplatina (1825-1828), dos Farrapos (1835-1845) e do Paraguai (1864-1870).
Urupês
Urupês (1918), de Monteiro Lobato, é composto por 14 textos, que, em grande parte, tratam da vida cotidiana do caboclo do interior de São Paulo, reportando a suas crenças, costumes e tradições. Destaca-se, nesse livro, o artigo homônimo, “Urupês”, que contém uma crítica desvelada a certa versão romântica do caipira e faz, pela primeira vez, referência à caricata personagem do Jeca-Tatu.